Provocando a realidade de dentro para fora

Mês: março 2017

UKULELE | O VÍDEO DA GRATIDÃO ♡

No último sábado rolou a 11ª edição do ukeday (aqui no blog já rolaram alguns posts sobre esse encontro maravilhoso de entusiastas do ukulele) com um plus de ser aniversário do Vinícius Vivas. Depois do encontro, muita música, algumas conversas e muita troca, eu voltei pra casa pensando em várias coisas e precisei aproveitar o calor dos acontecimentos pra gravar esse vídeo, antes que eu começasse a pensar demais sobre o assunto e perdesse a coragem. Então sim, tocar ukulele vai além da diversão pra mim e tenho uma caixa de afetos relacionados à minha experiência com esse instrumento. Não vou falar demais pra não dar spoiler do vídeo. Assistam!

Observações técnicas: Acho que depois desse vídeo (e do próximo – que já tá gravado) eu finalmente descobri como travar o foco no app que estou usando. A previsão é que os próximos vídeos sejam melhores que os que vão sair esta semana. Que assim seja!
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Tranquei a faculdade e estou bem com isso

Foi numa conversa aleatória pré consulta com a dentista que eu encontrei as palavras pra falar sobre isso. Ela me disse “seu negócio é cantar”. E não fosse a falta de intimidade e de contexto eu juro que teria dado um abraço nela. Mas só concordei com força e me surpreendi, porque vivo tentando me justificar pra um monte de gente que não tem nada a ver com a minha vida. No entanto, alguém na posição dela, que poderia facilmente me julgar, entendeu o meu lado sem eu sequer mencionar os meus motivos.
Sou o tipo de pessoa que tenta. Cursei um semestre de psicologia, mas não conseguia me imaginar trabalhando na área (de forma alguma). E apesar de ainda gostar muito de tentar decifrar a mente humana, abandonei. Era uma mensalidade cara e horas perdidas de sono por uma coisa com a qual eu nem conseguia me ver trabalhando.
Alguns anos mais tarde e já de saco cheio de fazer o ENEM (nem fiz tantas vezes assim, mas é um exame cansativo), consegui ingressar no curso de estudos de mídia (na UFF). Tinha bastante a ver com as atividades em que eu já me encontrava (e ainda me encontro) e acreditei que nesse curso eu, enfim, conseguiria me encontrar.
Acho que romantizei demais a experiência acadêmica e me vi mais uma vez saindo de casa obrigada. Ia pra faculdade ansiosa pra voltar pra casa e apesar de achar os assuntos das aulas (algumas delas) interessantes, eu sempre me sentia perdendo um tempo que poderia estar investindo em alguma coisa que me empolgasse de verdade. E me sentia completamente deslocada e infeliz quando estava lá.
Pode ser que eu também esteja romantizando o fazer as coisas por prazer, mas decidi trancar minha matrícula. Me dar mais tempo pra investir (dessa vez de verdade) naquilo que realmente me interessa. E não tranquei só com a promessa. Algumas coisas passaram a realmente acontecer e deixaram de ser apenas coisas com as quais eu sonhava. E percebi que se eu me dedicar de verdade, posso ver mais coisas acontecendo. Resolvi abraçar a oportunidade. E, como não sou exatamente boba, a faculdade tá lá. Posso voltar se eu quiser. Não terei essa alternativa pra sempre, mas por enquanto tenho.
No mais, ingressar numa faculdade nunca foi uma cobrança familiar. Tudo o que fiz foi apoiado, mas não obrigatório. Tenho plena consciência do meu atual status e não estou parada esperando as coisas caírem do céu (como algumas pessoas não falam, mas gostariam). Não vou morar com meus pais nem depender do suporte financeiro deles pra sempre. Eles sabem disso e sabem que tenho corrido atrás das minhas coisas. E, na real, eu nem precisava escrever isso aqui. Eles sabem e isso basta. Mas acho que, de certa forma, eu queria colocar isso pra fora. Eu não estou vagando sem rumo. Tá bem?
Então, é isso. Vocês vão me ver cada vez mais por aí! Aguardem… ♡

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Amy Winehouse Biografia (Chas Newkey-Burden)

Levei mais ou menos quatro meses pra terminar de ler este livro, de Chas Newkey-Burden (compre agora), pela segunda vez. Não lembro exatamente o que me motivou a enfrentar essa leitura novamente, mas me apaixonei ainda mais pela Amy e pelo trabalho dela. Queria muito (acho que como todo mundo que é fã queria) ter sido amiga dela, dar uns cascudo, quebrar uns prato até ela ouvir… Ser maternal com ela como ela era com os amigos e dizer “miga, cê precisa sair dessa, eu te ajudo”. Mas enfim, só nos resta contemplar​ quem ela foi e aproveitar a música excelente que ela deixou como legado. E claro, as coisas que ainda podemos aprender com a vida e a história dela. Como as coisas que vou citar agora:
Sempre vou me emocionar quando alguém traduzir exatamente o que eu sinto em relação a música. Amy disse que caso fizesse terapia com um profissional não conseguiria ser tão verdadeira e sincera quanto era nas suas canções. Isso sempre me pega desprevenida e agarra meu coração completamente. Ter na música uma amiga, um refúgio é ganhar o melhor abraço do mundo. E daí eu me lembrei que faz muito tempo que não componho e eu preciso investir mais tempo em musicar as coisas que eu carrego comigo.
Por mais que você goste muito de uma pessoa, nada vale seu desespero de envolver quem não tem nada com isso no esforço de ser ouvido. Os problemas com uma pessoa precisam ser resolvidos com ela. Não precisa virar uma lavagem de roupa suja pública. Nessa ninguém se ouve, vira um disse me disse sem necessidade. E por mais que você ame muito uma pessoa, nada no mundo justifica se deixar de lado por causa desse amor.
 
• Vai ter quem fale bem, quem fale mal, quem tente sugar a sua vida pra fora pra ter o que falar. No final das contas, aqueles que realmente te querem bem vão entender o seu lado e, mesmo que não passem a mão pela sua cabeça, vão torcer pra que as coisas melhorem ou deem certo pra você.
 
• Por mais desenfreada que uma pessoa possa parecer, ela é tão de carne e osso quanto qualquer um no mundo. Amy tinha sonhos que eram muito próximos da realidade de qualquer pessoa e que pra ela, infelizmente, acabaram distantes e, por fim, impossíveis.

Amar intensamente tem uma beleza incontestável e é de uma sensibilidade sem fim. Sempre associei arte a sentimentos reais, puros e intensos. Também sempre acreditei que ela tivesse um preço pra quem a possui. A vida da Amy permitiu que ela tivesse um tipo de arte que dura e é palpável mesmo após sua morte. É uma arte celebrada, apreciada. E tudo isso foi derivado de uma vida vivida sem frescura, sem medo da entrega, da dor, do sofrimento. Não tô dizendo que foi bonito ou legal. Tô dizendo que foi intenso, caótico, desastroso e, bizarramente, isso tudo compôs o trabalho dela. De maneira tal que alguém com uma vida comum não seria capaz de reproduzir. ♡


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