Provocando a realidade de dentro para fora

Mês: janeiro 2015

Como a vida vai e a gente fica

Photo by Tycho Atsma on Unsplash

Eram duas da tarde. E o sol já tinha derretido a minha energia. Mas eu te encontrei. Te olhei de longe porque era tudo o que eu podia. Pensei em dizer que você fica bem de azul, mas preferi guardar pra mim o pensamento. Cansei de desperdiçar palavras tentando te mostrar que me importo.
Eu me importo sim, me importo muito. Mas se amanhã der tudo errado, eu vou aprender a não me importar mais, porque a vida segue e eu não posso ficar parada. Então não precisa pensar por mim, eu sei fazer isso. Não precisa agir por mim também, eu não mordo e não vou me dar o trabalho de ir até você.
Ninguém entende, eu nunca entendo e não sei se você mesmo consegue entender. O discurso é redondo, mas no final das contas são só palavras. Que podem significar muita coisa, inclusive nada. Então, hoje deixa assim. Nenhuma palavra, porque é menos doloroso. Nenhuma aproximação porque é menos perigoso.
Eu posso ficar com as impressões, porque te vendo assim, de longe, tudo é muito bonito. Mas se você não vem, tudo não passa de ilusão e eu só fico aqui pensando em dizer e nunca digo:
– Se decidir vir, venha de azul. Te achei tão bonito. 
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Como Ter Uma Vida Normal Sendo Louca (Camila Fremder e Jana Rosa)

Passeando casualmente por uma livraria, me deparei com a capa desse livro, que me chamou a atenção na hora. Não comprei pela capa, mas pelo título. E, na verdade, eu tive bastante tempo pra considerar a hipótese de ter esse livro, já que levei muito tempo até comprar mesmo.
Em “Como ter uma vida normal sendo louca – dicas para lidar com as diversidades e situações do universo feminino”, Camila Fremder e Jana Rosa abordam de forma divertida vários tópicos da vida feminina. Que vão de relacionamentos até vida financeira. Pra ser sincera, algumas das situações são bem fantasiosas, pelo menos pra minha realidade. Mas se tem uma coisa que eu garanto é que é um livro leve e divertido.
Quando finalmente comprei esse livro, estava num daqueles dias em que tudo dá errado e que é muito bacana encontrar alguma coisa pra distrair um pouco da realidade. Pois bem, fui parar na livraria e me vi rindo despreocupada folheando esse livro.
Me identifiquei em muitas situações bizarras e achei graça, porque uma das melhores coisas é saber tirar graça de coisas toscas que acontecem.
Não vou falar muito pra não estragar a curiosidade de quem quiser ler esse livro. Recomendo por ser uma leitura leve, fácil e divertida. Não recomendo se você for meio dramática e preferir lágrimas no lugar de risadas, ou se não consegue levar algumas coisas na esportiva (especialmente aquelas que incluem foras e ex-namorados). Porque elas mexem nas feridas de um jeito irônico, mas que você percebe que não é um ser solitário e problemático no mundo. Um monte de coisas acontecem com um monte de gente, é a vida.
 
Pra encerrar o post, já que eu sou uma ótima resenhista (só que não), vou deixar um dos trechos mais bacanudos que li nesse livro e que tem muito a ver com a atual fase da nossa geração:
“Agora não conseguimos nem mais encontrar os amigos e curtir o momento, porque estamos muito ocupadas olhando o celular e bolando um post para mostrar na próxima foto o quanto somos felizes, legais e conversamos quando estamos juntos, sendo que cada um está olhando pra uma telinha e contando o número de likes que recebeu em uma foto ou frase, para saber se é querido ou não.”
E depois disso, me resta escolher o próximo livro pra ler. 

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Perdendo o controle


Às vezes a gente toma umas chacoalhadas e percebe que estava tão por fora, tão desconectado de tudo que chega a parecer óbvio. Mas não era. Não quando a gente estava andando na direção errada. Mas ainda bem que cada dia é uma nova chance e as respostas não se escondem pra sempre.
 
Eu tive sorte. E reconheço que nem todo mundo tem as mesmas chances. E reconheço que faço corpo mole pra muita coisa que exige pulso e decisão. Sim, estou cansada disso. Mas também não gosto de ficar enfatizando coisas que não precisam ser ditas, mas mudadas. Se eu não tiver força o bastante pra mudar, pelo menos também não terei desperdiçado as palavras.
 
Mas sim, hoje é só pra dizer que eu entendo e desisto de tentar fazer sempre do meu jeito. Porque toda vez que eu tento, sempre me deparo com as mesmas soluções. Não dá pra fugir de quem somos de verdade ou do que realmente se trata a nossa existência. Podemos bater a cabeça contra a parede várias vezes, mas sempre estaremos de volta ao mesmo lugar.
 
Por isso, hoje só quero me sentir agradecida pelo tanto de respostas que encontrei, mesmo sem procurar e menos ainda merecer. Ainda assim, elas chegaram na hora certa e me ajudaram a enxergar com mais clareza. Tudo sempre no seu momento certo, uma feliz coincidência.
 
A vida segue e a gente precisa seguir também. Sabendo ou descobrindo a hora de parar e de recomeçar. E de se render e não controlar tudo, porque é justamente na mania de controlar tudo que a gente perde o controle.
 
Então, eu me rendo. ♡

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